VANTAGENS DO CULTIVO EM NÍVEL

É muito comum observarmos o descuido na movimentação do solo, no que diz respeito às operações de revolvimento, como aração, gradagem e plantio.

Como uma imagem comunica mais facilmente que a escrita, postei o link na imagem abaixo para mostrar um vídeo produzido pela EMBRAPA SOJA, que trata desta importante matéria.

Clique aqui e confira.

PROBLEMA: Menos 1000 kg de leite por lactação SOLUÇÃO: Manejo da reprodução

Vacas leiteiras parindo entre meados de novembro até o final de janeiro, período de chuvas mais intensas nas regiões de nossas maiores bacias leiteiras, produzem menos 1.000 kg de leite durante em uma lactação.

A solução pode estar na adoção de manejo devidamente dirigido no componente reprodução.

A afirmação do título não é teórica. Está contida no depoimento de um produtor de leite feito a uma platéia de ouvintes de também produtores e técnicos do setor.

Além desta revelação o palestrante traz seu testemunho em outras rotinas de propriedade da família, como rotação e adubação de pastagens, instalações, reprodução animal com IATF, bezerros, novilhas, desmama e ordenha.

A afirmação sobre o período de parição pode ser conferida a partir do minuto 45:00 do vídeo abaixo.

Vá até lá e confira.

SUCESSO DO PROGRAMA BALDE CHEIO

BALDE CHEIO - Os produtores de Leite do Brasil devem um tributo ao pesquisador Arthur Chinelato (EMBRAPA SUDESTE), idealizador do projeto, que nunca mediu esforços para levar o conhecimento àquele pai de família madruga ao pé da vaca para manter os seus. Arthur não impõe um "pacote tecnológico", ele simplesmente ensina.

Clique na foto e confira.

O PECUARISTA E A PRODUTIVIDADE DECRESCENTE

Um respeitado cientista brasileiro, Doutor Moacyr Corsi, afirma com muita razão que "o pecuarista brasileiro é o único empresário no mundo que acredita em sucesso financeiro tendo produtividades decrescentes".

Esta é uma citação inteligentemente embasada em dados econômicos e em linguagem simples, como se pode conferir a partir do minuto 23:50 do vídeo postado a seguir.

Mias adiante ele ensina a lógica da "bocada" do animal quando vai pastar. Neste ponto fica claro como é fácil o produtor sair do prejuízo para o lucro com muito pouco esforço. Confira o vídeo a partir do minuto 35:00 até o minuto 45:00.

Não perca a oportunidade de assistir ao vídeo na íntegra. O conceito vale tanto para a pecuária de corte quanto para a leiteira.

PARTE 3 - ALIMENTE SEUS PASTOS COM SEUS ANIMAIS - DEJETOS NO SISTEMA VOISIN

Em mais uma oportunidade exploro o valioso conteúdo do vídeo do Agrônomo Nilo Romero, gravado pela TV Câmara de Bagé.

Desta feita chamo a atenção para o potencial do manejo racional, visando otimizar o aproveitamento dos dejetos produzidos pelos animais durante o pastejo. Os animais adultos chegam a produzir 25 kg de fezes e 15 kg de urina a cada dia. Isso soma 40 kg por dia.

Em teoria um piquete de 1 hectare com 100 animais contará 4000 kg de dejetos, em 24 horas de permanência, o que não acontece com vacas de leite, naturalmente, mas com outros sistemas de exploração sim, isso é possível.

O que vale aqui é a possibilidade de, a partir de um testemunho relevante, o produtor passar a refletir a respeito, afinal, para alimentar 100 animais de 450 kg, com necessidade individual diária de 3% de seu peso em matéria seca (MS), seriam necessários 1350 kg de MS.

Com uma gramínea capaz de produzir tal volume de MS em 28 dias (5.400 kg de material verde, se consideramos 75% de água e 25% de matéria seca) em condições ótimas de manejo, seriam 13 ciclos anuais de pastejo de um dia. 

Pelos números acima estamos falando de 112 toneladas de dejetos (100 X 40 kg X 28 = 112.000 kg) despejados em cada hectare ao longo de  1 ano, sem custo de distribuição. Associados a outros fatores ambientais criados pelo pastejo racional, os dejetos podem ajudar a transformar a qualidade do solo de forma significativa.

Em verdade trata-se de manter no terreno os benefícios do ciclo biológico que se verifica sobre ele, sem exportar para outros pontos, onde estas vantagens não se revertem em produção. Pelo contrário, geram déficit no sistema, demandando adição de energia externa, na forma de fertilizantes químicos e esforço de distribuição.

Esta é a teoria desenvolvida por Voisin, depois de muita experimentação. Cada propriedade rural tem características próprias, sejam elas ambientais, sociais, geológicas e de recursos financeiros e genéticos. O que resta ao produtor é, conhecendo tais características escolher uma metodologia e buscar experiência junto ao mundo acadêmico e científico, a outros produtores e profissionais para criar sua própria condição de otimizar seus recursos e os de sua propriedade, promovendo o bem estar de sua família.

Um passeio pelo vídeo abaixo (minuto 15:00) pode ajudar a compreender este universo do sistema Voisin.

PARTE 2 - ALIMENTE SEUS PASTOS COM SEUS ANIMAIS - NÃO AGREDIR O SOLO - SEGREDOS DO MÉTODO VOISIN

A maneira tradicional de trabalhar o solo constitui-se em uma verdadeira agressão ao ecossistema habitado pelas plantas, o que se aplica integralmente às pastagens.

Segundo o agrônomo Nilo Romero, do alto de seus mais de 90 anos, o método Voisin, além de constituir-se num método de pastoreio absolutamente racional, revelou-se como sistema recuperador de solos, pois é capaz de devolver vida às camadas superficiais, exatamente aquelas exploradas pelas raízes.

Para compreender melhor o processo, observe o trecho inicial do vídeo abaixo (clique na figura), em especial a partir do minuto 6:00, e preste bem atenção ao significado de "labareda da pasto".

Esta é uma oportunidade rara de aprendizado, com um mestre que se foi em 2014, aos 92 anos, mas deixou a preciosidade contida no vídeo que, esperamos, continue disponível pela posteridade.

As dicas do contidas no vídeo são muito úteis para os produtores de leite.

PARTE 1 - ALIMENTE SEUS PASTOS COM SEUS ANIMAIS - MÉTODO VOISIN

Esta é a primeira postagem de uma série na qual exploro o conteúdo de um vídeo produzido pela TV Câmara de Bagé, no qual o entrevistador interage com o Engenheiro Agrônomo Nilo Ferreira Romero, no programa Guardados na Memória, sob apresentação de Gladimir Aguzzi.

Aos 15 minutos do vídeo Nilo Romero começa a defender a construção de vida no solo, possível com a ciclagem dos dejetos animais, através do manejo adequado da rotação de pastagens.

Até o minuto 18 o entrevistado discorre sobre aspectos aparentemente óbvios, mas distantes dos olhos produtores rurais e das autoridades do setor.

Ele fecha este pequeno trecho chamando a atenção para o que acontece na floresta amazônica, que tem vegetação exuberante, sobre solos pobres. O que é possível graças à vida (micro vida e meso vida) criada nas camadas superficiais do solo com a decomposição das folhas que caem das árvores.

30% DE ECONOMIA COM SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE

Hoje indico aos leitores uma interessante reportagem do Canal Rural sobre silagem de capim elefante que, conforme estudos da EMBRAPA, apresenta redução de custos de produção na casa dos 30% em relação à silagem de milho.

Mesmo considerando que o produtor deverá ajustar, para mais, a oferta de concentrados para compensar o menor valor energético, o pesquisador da EMBRAPA entrevistado explica e justifica e economia de custos.

Confira no vídeo abaixo.

500 LITROS DE SANGUE PARA 1 LITRO DE LEITE

A produção de leite é famosa por ocupar intensamente o produtor, sua família e seus empregados. Dia noite, sol, chuva, calor, frio, na saúde e na doença e o trabalho está ali, continuamente. Não acaba nunca.

O interessante é que nessa atividade existe um trabalho invisível, mais intenso ainda, constante, regular e que é a chave para garantir a produção.

Trata-se do trabalho das vacas que, em troca de comida creche para os filho (mantida pelo produtor), mas dão um duro danado para produzir o sustento de todos.

São necessários 500 litros de sangue passando pelo úbere da vaca para produzir um litro. Logo, 15 litros de leite por dia demandam fluxo de 7.500 litros de sangue. Haja coração!

Para conferir, clique no vídeo abaixo e confira, a partir do minuto 3:00.

VACAS COM 52 BEZERROS POR ANO: É POSSÍVEL?

Afinal trata-se de vaca ou coelha parindo bezerros? 

Você já imaginou uma boa vaca leiteira produzindo 52 bezerros por ano? Isso significa 26 fêmeas.

É essa a revelação da EMBRAPA no último dia 29 de novembro. Trata-se da técnica de produção e transferência de embriões chamada TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos). O mais revolucionário na técnica é que o método dispensa a exigência de laboratórios com os empregados na tradicional FIV (fertilização in vitro), ainda com a vantagem adicional de produzir embriões de melhor qualidade.

Para saber mais preencha o formulário anexo e receberá o link da matéria.

Agora as comparações: 

1 - Na reprodução natural, com muita dedicação e sorte uma vaca produz um bezerro por ano. 

2 - Com a IA (inseminação artificial) dispensa-se a sorte e, com dedicação, também um bezerro por ano.


3 - FIV (fertilização in vitro), com as técnicas atuais é possível uma matriz gerar um filho a cada mês.

4 - TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos) - Uma matriz gera uma cria a cada semana.

Que esta seja uma boa quinta-feria a todos os produtores de leite.