quarta-feira, 30 de novembro de 2016

VACAS COM 52 BEZERROS POR ANO: É POSSÍVEL?

Afinal trata-se de vaca ou coelha parindo bezerros? 

Você já imaginou uma boa vaca leiteira produzindo 52 bezerros por ano? Isso significa 26 fêmeas.

É essa a revelação da EMBRAPA no último dia 29 de novembro. Trata-se da técnica de produção e transferência de embriões chamada TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos). O mais revolucionário na técnica é que o método dispensa a exigência de laboratórios com os empregados na tradicional FIV (fertilização in vitro), ainda com a vantagem adicional de produzir embriões de melhor qualidade.


Para saber mais preencha o formulário anexo e receberá o link da matéria.




Agora as comparações: 

1 - Na reprodução natural, com muita dedicação e sorte uma vaca produz um bezerro por ano. 

2 - Com a IA (inseminação artificial) dispensa-se a sorte e, com dedicação, também um bezerro por ano.


3 - FIV (fertilização in vitro), com as técnicas atuais é possível uma matriz gerar um filho a cada mês.

4 - TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos) - Uma matriz gera uma cria a cada semana.

Que esta seja uma boa quinta-feria a todos os produtores de leite.

domingo, 20 de novembro de 2016

CAPIM ELEFANTE CAPIAÇU - 30% MAIS MATÉRIA SECA POR HECTARE

A EMBRAPA marcou mais um gol a favor do produtor de leite. Em outubro passado lançou mais uma variedade de Capim Elefante - BRS CAPIAÇU, que promete 50 toneladas de matéria seca por hectare.

Com teor de proteína superior a outras variedade aptas para ensilagem, é capaz de bater a silagem de milho e de cana em termos de custo de produção.



Aqui está a deixa para o produtor agir "aquém da porteira", onde os fatores estão sob seu controle - e se preparar para os próximos períodos de escassez de alimentos, planejando o melhor momento de adquirir o concentrado para fechar a equação. A partir de 2017 já teremos multiplicadores da cultivar.

Para informar melhor, deixo na figura acima o link da matéria de autoria da própria EMBRAPA.

A foto abaixo e a reportagem do link são assinadas por Rubens Neiva, da Embrapa Gado de Leite.


sábado, 19 de novembro de 2016

30 VEZES MAIS LEITE POR ÁREA - É POSSÍVEL

O título pode parecer estranho. E soa realmente esquisito pra muita gente.


Quer saber como isso é possível? Encontrei esta afirmação num vídeo cujo link está mais abaixo.

Trata-se de uma palestra do Professor Luis César Drumond, da Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba - com o tema Viabilidade Econômica da Produção de Leite em Pastagem Intensiva e Irrigada, num evento do tipo "dia de campo".

A lógica reside na constatação de que é possível aumentar a lotação de um hectare partindo da média de 1 vaca leiteira por hectare, para 10 vacas por hectare. Ao mesmo tempo aumenta-se a média diária de cada vaca, partindo de 4 e chegando a 12 kg/dia. Uma conta simples resulta em 30 vezes mais leite em cada hectare.

Para ser preciso, indico o ponto exato em que a questão é tratada no vídeo cujo link está aí abaixo.

Aos 15 minutos e 8 segundos do vídeo você vai encontrar a explicação do Professor Luis César. O vídeo tem 24 minutos de pura informação de alta qualidade.


domingo, 13 de novembro de 2016

AQUÉM DA PORTEIRA

Tenho escrito algumas vezes sobre os fatores que dependem apenas das escolhas de cada produtor de leite, ou seja, que estão sob seu controle, e de mais ninguém.

Hoje estou em Paris, França, onde cheguei ontem depois de ter voado durante o dia partindo de Madri, capital da Espanha.

Durante o vôo, na aproximação do aeroporto de Orly é possível observar a estrutura de propriedades rurais, todas familiares, com certeza. Como já está frio não se pode ver vacas no campo, pois todas estão estabuladas, a um custo altíssimo.

Aqui os fatores que não podem ser controlados pelo produtor, aqueles "fora da porteira", são muito mais severos que os de nossa realidade no Brasil, a começar pelo rigoroso inverno.

No Brasil podemos manter as vacas no pasto o ano inteiro, se nos organizarmos para tal, com pouco esforço de intensificação da exploração bovino/leiteira. Vide Balde Cheio.

A natureza nos brindou com sol, água, solos férteis, temperaturas variando em amplitude favorável (tudo de graça). Aqui na Europa, das duas uma, ou o produtor se prepara para o inverno, ou deixa o campo. Não tem meio termo. Além disso o os governos tem de prover pesados subsídios ou os povos perdem a segurança alimentar.

Sob este aspecto o produtor brasileiro estaria algo como "desprotegido" pelo governo? A resposta é "felizmente não temos subsídios como na Europa", nosso erário não aguentaria.

Não temos subsídio, em termos, pois o conhecimento gerado pelas instituições públicas de pesquisa na área da produção leiteira custa valores significativos aos cofres públicos. Somem-se os custos de instituições como Embrapa, Epamig, Pesagro, Epagri, Instituto de Zootecnia de São Paulo, universidades públicas e muitas outras, a cujo conhecimento o produtor tem acesso gratuito.

Haja vista o programa Balde Cheio, que tem produzido milagres.

Sobre sudsídios sugiro a leitura do artigo anexo, de autoria do ex-ministro Roberto Rodrigues.




domingo, 6 de novembro de 2016

100 LITROS DE LEITE POR HECTARE A CADA DIA - A PASTO

A expressão do título acima pode parecer estranha para quem está acostumado a medir a produtividade de leite tendo cada vaca por referência.

Produzir leite não é apenas ordenhar, e sim um sistema inteiro, complexo, envolvendo terra, pessoas, famílias, animais (genética), alimentação e nutrição (pastagens também com sua dose de complexidade), medicamentos, logística e muitos outros fatores.

Chamo a tenção para a oportunidade que se apresenta a partir deste cenário, pois todos os fatores do sistema definido acima podem per controlados o pelo produtor e sua família, pois estão contidos no espaço delimitado pela "porteira". Numa visão resumida, apenas o preço do leite e as condições meteorológicas (vulgo tempose formam fora do sistema, ou depois da porteira.

As os problemas com condições meteorológicas podem ser mitigados com irrigação e outras práticas. Já os problemas com o mercado podem ser mitigados com maior produtividade a menor custo, que pode ser obtida pelo produtor e sua família manejando os fatores sob seu controle, "porteira adentro".

Então pergunto, como enfrentar o vilão representado pelo mercado. Eu diria que a meta de 100 litros de leite por hectare por dia pode ser um excelente ponto de partida. 

Isso é possível? A resposta é sim e não é difícil como se pode imaginar. Para comprovar indico os depoimento contidos no vídeo que você assistirá clicando na figura abaixo. Especificamente aos 2 minutos e 10 segundos. Preste atenção ao ponto em que  o zootecnista cita o Programa Balde Cheio.