quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

PARTE 2 - ALIMENTE SEUS PASTOS COM SEUS ANIMAIS - NÃO AGREDIR O SOLO - SEGREDOS DO MÉTODO VOISIN

A maneira tradicional de trabalhar o solo constitui-se em uma verdadeira agressão ao ecossistema habitado pelas plantas, o que se aplica integralmente às pastagens.

Segundo o agrônomo Nilo Romero, do alto de seus mais de 90 anos, o método Voisin, além de constituir-se num método de pastoreio absolutamente racional, revelou-se como sistema recuperador de solos, pois é capaz de devolver vida às camadas superficiais, exatamente aquelas exploradas pelas raízes.

Para compreender melhor o processo, observe o trecho inicial do vídeo abaixo (clique na figura), em especial a partir do minuto 6:00, e preste bem atenção ao significado de "labareda da pasto".

Esta é uma oportunidade rara de aprendizado, com um mestre que se foi em 2014, aos 92 anos, mas deixou a preciosidade contida no vídeo que, esperamos, continue disponível pela posteridade.

As dicas do contidas no vídeo são muito úteis para os produtores de leite.






terça-feira, 27 de dezembro de 2016

PARTE 1 - ALIMENTE SEUS PASTOS COM SEUS ANIMAIS - MÉTODO VOISIN

Esta é a primeira postagem de uma série na qual exploro o conteúdo de um vídeo produzido pela TV Câmara de Bagé, no qual o entrevistador interage com o Engenheiro Agrônomo Nilo Ferreira Romero, no programa Guardados na Memória, sob apresentação de Gladimir Aguzzi.

Aos 15 minutos do vídeo Nilo Romero começa a defender a construção de vida no solo, possível com a ciclagem dos dejetos animais, através do manejo adequado da rotação de pastagens.

Até o minuto 18 o entrevistado discorre sobre aspectos aparentemente óbvios, mas distantes dos olhos produtores rurais e das autoridades do setor.

Ele fecha este pequeno trecho chamando a atenção para o que acontece na floresta amazônica, que tem vegetação exuberante, sobre solos pobres. O que é possível graças à vida (micro vida e meso vida) criada nas camadas superficiais do solo com a decomposição das folhas que caem das árvores.




terça-feira, 20 de dezembro de 2016

30% DE ECONOMIA COM SILAGEM DE CAPIM ELEFANTE

Hoje indico aos leitores uma interessante reportagem do Canal Rural sobre silagem de capim elefante que, conforme estudos da EMBRAPA, apresenta redução de custos de produção na casa dos 30% em relação à silagem de milho.

Mesmo considerando que o produtor deverá ajustar, para mais, a oferta de concentrados para compensar o menor valor energético, o pesquisador da EMBRAPA entrevistado explica e justifica e economia de custos.

Confira no vídeo abaixo.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

500 LITROS DE SANGUE PARA 1 LITRO DE LEITE

A produção de leite é famosa por ocupar intensamente o produtor, sua família e seus empregados. Dia noite, sol, chuva, calor, frio, na saúde e na doença e o trabalho está ali, continuamente. Não acaba nunca.

O interessante é que nessa atividade existe um trabalho invisível, mais intenso ainda, constante, regular e que é a chave para garantir a produção.

Trata-se do trabalho das vacas que, em troca de comida creche para os filho (mantida pelo produtor), mas dão um duro danado para produzir o sustento de todos.

São necessários 500 litros de sangue passando pelo úbere da vaca para produzir um litro. Logo, 15 litros de leite por dia demandam fluxo de 7.500 litros de sangue. Haja coração!

Para conferir, clique no vídeo abaixo e confira, a partir do minuto 3:00.


quarta-feira, 30 de novembro de 2016

VACAS COM 52 BEZERROS POR ANO: É POSSÍVEL?

Afinal trata-se de vaca ou coelha parindo bezerros? 

Você já imaginou uma boa vaca leiteira produzindo 52 bezerros por ano? Isso significa 26 fêmeas.

É essa a revelação da EMBRAPA no último dia 29 de novembro. Trata-se da técnica de produção e transferência de embriões chamada TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos). O mais revolucionário na técnica é que o método dispensa a exigência de laboratórios com os empregados na tradicional FIV (fertilização in vitro), ainda com a vantagem adicional de produzir embriões de melhor qualidade.


Para saber mais preencha o formulário anexo e receberá o link da matéria.




Agora as comparações: 

1 - Na reprodução natural, com muita dedicação e sorte uma vaca produz um bezerro por ano. 

2 - Com a IA (inseminação artificial) dispensa-se a sorte e, com dedicação, também um bezerro por ano.


3 - FIV (fertilização in vitro), com as técnicas atuais é possível uma matriz gerar um filho a cada mês.

4 - TIFOI  (transferência intrafolicular de ovócitos imaturos) - Uma matriz gera uma cria a cada semana.

Que esta seja uma boa quinta-feria a todos os produtores de leite.

domingo, 20 de novembro de 2016

CAPIM ELEFANTE CAPIAÇU - 30% MAIS MATÉRIA SECA POR HECTARE

A EMBRAPA marcou mais um gol a favor do produtor de leite. Em outubro passado lançou mais uma variedade de Capim Elefante - BRS CAPIAÇU, que promete 50 toneladas de matéria seca por hectare.

Com teor de proteína superior a outras variedade aptas para ensilagem, é capaz de bater a silagem de milho e de cana em termos de custo de produção.



Aqui está a deixa para o produtor agir "aquém da porteira", onde os fatores estão sob seu controle - e se preparar para os próximos períodos de escassez de alimentos, planejando o melhor momento de adquirir o concentrado para fechar a equação. A partir de 2017 já teremos multiplicadores da cultivar.

Para informar melhor, deixo na figura acima o link da matéria de autoria da própria EMBRAPA.

A foto abaixo e a reportagem do link são assinadas por Rubens Neiva, da Embrapa Gado de Leite.


sábado, 19 de novembro de 2016

30 VEZES MAIS LEITE POR ÁREA - É POSSÍVEL

O título pode parecer estranho. E soa realmente esquisito pra muita gente.


Quer saber como isso é possível? Encontrei esta afirmação num vídeo cujo link está mais abaixo.

Trata-se de uma palestra do Professor Luis César Drumond, da Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba - com o tema Viabilidade Econômica da Produção de Leite em Pastagem Intensiva e Irrigada, num evento do tipo "dia de campo".

A lógica reside na constatação de que é possível aumentar a lotação de um hectare partindo da média de 1 vaca leiteira por hectare, para 10 vacas por hectare. Ao mesmo tempo aumenta-se a média diária de cada vaca, partindo de 4 e chegando a 12 kg/dia. Uma conta simples resulta em 30 vezes mais leite em cada hectare.

Para ser preciso, indico o ponto exato em que a questão é tratada no vídeo cujo link está aí abaixo.

Aos 15 minutos e 8 segundos do vídeo você vai encontrar a explicação do Professor Luis César. O vídeo tem 24 minutos de pura informação de alta qualidade.


domingo, 13 de novembro de 2016

AQUÉM DA PORTEIRA

Tenho escrito algumas vezes sobre os fatores que dependem apenas das escolhas de cada produtor de leite, ou seja, que estão sob seu controle, e de mais ninguém.

Hoje estou em Paris, França, onde cheguei ontem depois de ter voado durante o dia partindo de Madri, capital da Espanha.

Durante o vôo, na aproximação do aeroporto de Orly é possível observar a estrutura de propriedades rurais, todas familiares, com certeza. Como já está frio não se pode ver vacas no campo, pois todas estão estabuladas, a um custo altíssimo.

Aqui os fatores que não podem ser controlados pelo produtor, aqueles "fora da porteira", são muito mais severos que os de nossa realidade no Brasil, a começar pelo rigoroso inverno.

No Brasil podemos manter as vacas no pasto o ano inteiro, se nos organizarmos para tal, com pouco esforço de intensificação da exploração bovino/leiteira. Vide Balde Cheio.

A natureza nos brindou com sol, água, solos férteis, temperaturas variando em amplitude favorável (tudo de graça). Aqui na Europa, das duas uma, ou o produtor se prepara para o inverno, ou deixa o campo. Não tem meio termo. Além disso o os governos tem de prover pesados subsídios ou os povos perdem a segurança alimentar.

Sob este aspecto o produtor brasileiro estaria algo como "desprotegido" pelo governo? A resposta é "felizmente não temos subsídios como na Europa", nosso erário não aguentaria.

Não temos subsídio, em termos, pois o conhecimento gerado pelas instituições públicas de pesquisa na área da produção leiteira custa valores significativos aos cofres públicos. Somem-se os custos de instituições como Embrapa, Epamig, Pesagro, Epagri, Instituto de Zootecnia de São Paulo, universidades públicas e muitas outras, a cujo conhecimento o produtor tem acesso gratuito.

Haja vista o programa Balde Cheio, que tem produzido milagres.

Sobre sudsídios sugiro a leitura do artigo anexo, de autoria do ex-ministro Roberto Rodrigues.




domingo, 6 de novembro de 2016

100 LITROS DE LEITE POR HECTARE A CADA DIA - A PASTO

A expressão do título acima pode parecer estranha para quem está acostumado a medir a produtividade de leite tendo cada vaca por referência.

Produzir leite não é apenas ordenhar, e sim um sistema inteiro, complexo, envolvendo terra, pessoas, famílias, animais (genética), alimentação e nutrição (pastagens também com sua dose de complexidade), medicamentos, logística e muitos outros fatores.

Chamo a tenção para a oportunidade que se apresenta a partir deste cenário, pois todos os fatores do sistema definido acima podem per controlados o pelo produtor e sua família, pois estão contidos no espaço delimitado pela "porteira". Numa visão resumida, apenas o preço do leite e as condições meteorológicas (vulgo tempose formam fora do sistema, ou depois da porteira.

As os problemas com condições meteorológicas podem ser mitigados com irrigação e outras práticas. Já os problemas com o mercado podem ser mitigados com maior produtividade a menor custo, que pode ser obtida pelo produtor e sua família manejando os fatores sob seu controle, "porteira adentro".

Então pergunto, como enfrentar o vilão representado pelo mercado. Eu diria que a meta de 100 litros de leite por hectare por dia pode ser um excelente ponto de partida. 

Isso é possível? A resposta é sim e não é difícil como se pode imaginar. Para comprovar indico os depoimento contidos no vídeo que você assistirá clicando na figura abaixo. Especificamente aos 2 minutos e 10 segundos. Preste atenção ao ponto em que  o zootecnista cita o Programa Balde Cheio.


domingo, 30 de outubro de 2016

"MAIOR ORGULHO: A DIGNIDADE DE SER UM PRODUTOR DE LEITE"

O título deste post é uma declaração de um produtor de leite do Mato Grosso do Sul, participante do programa BALDE CHEIO, iniciativa da EMBRAPA que há anos vem transformando vidas de famílias e a realidade de propriedades rurais.

No vídeo abaixo o produtor Waldemar Neto declara, exatamente no minuto 09:25, o resumo do que a iniciativa de adesão ao Balde Cheio fez com sua vida e a de sua família.

Vale a pena conferir no decorrer deste domingo, trocando a inutilidade dos enlatados da TV pela oportunidade de conhecer experiências incríveis, que vão sendo oferecidas pelo YouTube quando se abre um vídeo, ao aparecem no lado direito da tela uma infinidade de outros, relacionados ao mesmo temo.

Clique na figura para ir ao vídeo:





quinta-feira, 27 de outubro de 2016

NOVA ZELÂNDIA - 1800 KG DE LEITE HOMEM DIA - PRODUTIVIDADE DO TRABALHADOR LÁ - AQUI É MENOS DE 250.

O estudo da economia do setor rural revela verdadeiros achados em termos de potencial para o Brasil. Quanto mais os pesquisadores se aprofundam nos temas mais peculiaridades se mostram relevantes, especialmente para quem produz leite bovino.

Hoje a pesquisa mostra que devemos enxergar a produção de leite no contexto geral do setor rural. Foram desenvolvidas métricas para avaliação da atividade, de fácil entendimento e que permitem ao produtor fazer juízo de valor sobre os rumos que deve imprimir ao seu negócio.

Hoje me deparei com uma palestra de técnico Armando Carvalho,  em evento realizado pela EMBRAPA LEITE no Campo Experimental Santa Mônica, em Valença/RJ.

O título é "Manejo de ordenhadeira mecânica". A julgar pela expressão não se pode imaginar a riqueza do conteúdo da palestra, gravada em vídeo e disponível no link logo abaixo.

Ele fala sobre produtividade de leite por homem dia e cita exemplos, informando que hoje a média brasileira leva a um esforço para a propriedade permanecer acima do patamar de 250 litros/homem a cada dia, na média do período de um ano.

Até aí é apenas uma informação de conjuntura. Mas o susto vem quando ele cita que a vizinha Argentina tem média de 1200 l/homem ano. Outra bomba: a Nova Zelândia tem média de 1800 l/homem dia.

Uma outra métrica não abordada na palestra, mas também em adoção no Brasil é a produção em kg/hectare ano.

Apenas estas duas variáveis são suficientes para, se bem compreendidas, tirar o produtor de leite do lugar comum,  a reclamar de governos, condições do tempo, preços de insumos e por aí vai. Para quem está acostumado a medir a produção por vaca apenas, a oportunidade é passar a conhecer sua atividade sob outra perspectiva, aquela proporcionada pelas métricas ora comentadas.

O produtor pode contar com a pesquisa para se libertar e progredir, ver sua família continuar a atividade e melhorar de vida efetivamente. Basta tomar iniciativa. A EMBRAPA desenvolveu o Programa Balde Cheio, que é um verdadeiro milagre, capaz de transformar qualquer metro quadrado (e não hectare) em verdadeiro gerador de prosperidade no campo (já tratei da matéria em outro post).


domingo, 2 de outubro de 2016

30 VEZES MAIS LEITE POR HECTARE

O título pode parecer estranho. E soa realmente esquisito pra muita gente.


Quer saber como isso é possível? Encontrei esta afirmação num vídeo cujo link está mais abaixo.

Trata-se de uma palestra do Professor Luis César Drumond, da Universidade Federal de Viçosa, Campus Rio Paranaíba - com o tema Viabilidade Econômica da Produção de Leite em Pastagem Intensiva e Irrigada, num evento do tipo "dia de campo".

A lógica reside na constatação de que é possível aumentar a lotação de um hectare partindo da média de 1 vaca leiteira por hectare, para 10 vacas por hectare. Ao mesmo tempo aumenta-se a média diária de cada vaca, partindo de 4 e chegando a 12 kg/dia. Uma conta simples resulta em 30 vezes mais leite em cada hectare.

Para ser preciso, indico o ponto exato em que a questão é tratada no vídeo cujo link está aí abaixo.

Aos 15 minutos e 8 segundos do vídeo você vai encontrar a explicação do Professor Luis César. O vídeo tem 24 minutos de pura informação de alta qualidade.


sábado, 24 de setembro de 2016

80 TONELADAS POR HECTARE E 25% DE PROTEÍNA - É O QUE PROMETE A GLIRICÍDIA - EXCEPCIONAL ALTERNATIVA PARA RECUPERAR E ENRIQUECER PASTAGENS

A Gliricídia (nome científico: (Gliricidia sepium, Jacq.) revela ser uma alternativa de grande valor para o produtor de leite ou carne, com utilidades que vão do enriquecimento do solo com nitrogênio, matéria orgânica, retenção de água, tem ainda a oferta de proteína, feno, silagem, sombreamento e até mesmo cerca viva.

Reproduz-se por sementes e estacas, as folhas são palatáveis para o gado, pode ser consorciada com gramíneas forrageiras, milho, coqueiros e muitas outras alternativas no sistema de integração lavoura pecuária floresta - ILPF.

O aval técnico é da EMBRAPA, conforme o vídeo abaixo (25% de proteína no minuto 1:55). Também há mais informações no documento que você pode obter com este link.








terça-feira, 20 de setembro de 2016

41 MINUTOS DE CONHECIMENTO PARA O PRODUTOR DE LEITE - INTEGRAÇÃO LAVOURA PECUÁRIA FLORESTA - ILPF

A seguir um vídeo com valioso conteúdo para o pecuarista, seja na exploração leiteira, cria, recria ou engorda.

O tempo do vídeo equivale ao do Jornal Nacional ou da novela da nove (ambos inúteis) e é recheado de conhecimento útil e de pronta aplicação.

Diante da deficiência de nosso serviços oficiais de assistência técnicas  produtor poderá sempre recorrer a este canal mantido pela EMBRAPA.

Confira o vídeo.



domingo, 18 de setembro de 2016

EUCALIPTO RESSECA O SOLO - MITO OU VERDADE?

É comum ouvir no meio rural a afirmação de que o cultivo das diversas variedades de Eucalyptus sp consome água em excesso, quando comparado a outras essências florestais. 

Segundo estudos científicos conduzidos por renomadas instituições isso não passa de um mito. Para quem desejar melhor esclarecimento, recomento um documento publicado pela EMBRAPA (confira no link na foto abaixo), com apenas 5 parágrafos, escrito de forma clara e objetiva para o bom entendimento do leitor, seja ele profissional do setor ou não.


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

O PRODUTOR DE LEITE NÃO DEVE SE DEIXAR INFLUENCIAR PELOS MITOS SOBRE AQUECIMENTO GLOBAL - ELE, E MAIS NINGUÉM, É O SENHOR ABSOLUTO DO QUE ACONTECE AQUÉM DA PORTEIRA

A força da mídia tem influenciado muitos setores nos últimos anos o aquecimento global, inclusive governos, sobre gases de efeito estufa, elevação dos oceanos,  e atividades humanas como causas. Segundo algumas científicas tudo não passa de especulações e de conveniências comerciais e/ou políticas.

São os argumentos empíricos dos "aquecimentistas", de um lado e os argumentos científicos de outro.

Confira no vídeo a seguir um  destes pontos de vista:




sábado, 10 de setembro de 2016

ENERGIA SOLAR E ÁGUA PARA O GADO EM SUA PROPRIEDADE

Muitos produtores e criadores de gado leiteiro não contam com cursos d’água para garantir a boa condução de seu rebanho. E mesmo os que dispõem do recurso devem conviver com as restrições impostas pela legislação quanto ao acesso aos recursos hídricos, já que na maioria dos casos eles se encontram em áreas de preservação permanente, as APP’s.

Outro dia estive numa feira denominada Intersolar, e lá encontrei um equipamento interessante:

Uma bomba daquelas que se usa em poços tubulares, presentes em muitas propriedades rurais, que é acionada por um conjunto de painéis de captação de energia solar, os chamados fotovoltáicos.


O atendente estava ocupado com muitos visitantes e limitei-me a observar suas explicações e depois levar um cartão da empresa, que estava sobre o balcão.

Dias depois enviei um email ao representante solicitando um orçamento para um conjunto composto de uma bomba capaz de elevar 20 mil litros de água por dia a 70 metros de altura (poço + reservatório), painéis para gerar eletricidade e equipamentos auxiliares.

Eis que a resposta chegou e faço questão de publicar, pois me pareceu muito interessante o cenário:

      Sistema de Gerenciamento integrado com inversor
      Motor para sistema solar de imã permanente sem escovas refrigerado a água, aço inox 
      Bomba solar para acoplamento com motor solar, aço inox
      09 (nove) painéis de 265 watts policristalinos

      Valor: R$ 13.165,00

Não vou entrar no mérito de analisar a oportunidade diante do custo, isso cabe a cada produtor, dentro de sua realidade local fazer isso.

Apenas para ilustrar, um documento da EMBRAPA GADO DE LEITE dá conta do consumo diário de 62,5 litros de água por dia para uma vaca em lactação, na região central do Brasil, em regime de exploração semi-intensiva.

Basta fazer as contas avaliar se seria compensador adotar esta opção de bombeamento de água (20 mil litros/dia = 320 vacas/dia). Lembro que o produtor poderá, ainda, conectar seu equipamento á rede da concessionária de distribuição de energia e abater eventuais saldos positivos de sua conta na fatura mensal.


Ps.: Não sou vendedor nem representante de equipamentos. Se desejar informações adicionais deixe uma mensagem que retornarei brevemente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

DOBRAR A PRODUÇÃO DA PECUÁRIA SEM DERRUBAR UMA ÁRVORE SEQUER

Conclusões de um trabalho da EMBRAPA dá conta do potencial da pecuária brasileira:



"A recuperação efetiva das pastagens depende do manejo fisiológico adequado da planta forrageira, representado principalmente por período de descanso e ocupação dos pastos, acompanhados de resíduos de pastejo adequados, e da recomposição da fertilidade do solo. Nas pastagens em recuperação se tem observado ao longo dos anos aumentos no teor de matéria orgânica dos solos e na cobertura vegetal da área, que garantem melhor aproveitamento da água, evitando a possibilidade de compactação e de erosão das áreas de pastagens, além de dificultar a infestação por plantas daninhas. Uma vez recuperada, a pastagem submetida a manejo adequado tanto da planta quanto do solo, pode persistir durante décadas, sem necessidade de reforma."






Confira no link abaixo a íntegra do documento da Circular Técnica 38, da EMBRAPA SUDESTE




terça-feira, 6 de setembro de 2016

CERCA ELÉTRICA VOADORA E O PASTEJO DO GADO DE LEITE

O vídeo abaixo, do canal do Cristiano Poncio traz uma interessante contribuição para evitar um problema recorrente no pastejo rotacionado.

O local onde os animais defecam afetam o desempenho da pastagem, uma vez que os animais recusam-se pastar o capim naquele ponto devido ao cheiro. Isso vai tornando o pasto cheio de pequenas touceiras, o que requer manejo muito cuidadoso.

Na falta de equipamento como o pivô visto no vídeo fica o desafio para capacidade inventiva de nossos produtores.

Vale a pena conferir.






segunda-feira, 5 de setembro de 2016

QUEM RENDE MAIS - O ESTERCO OU O LEITE? - UM CASO CURIOSO NA COSTA RICA

Um certo produtor rural Don Alselmo Rodriguez Umaña dirige uma pequena propriedade de 6 hectares de forma surpreendente.

Produz hortaliças, leite, suínos, aves, produz fertilizante orgânico para venda (minuto 4:45 do vídeo), o gás que consome, mantém áreas de preservação ambiental, de nascentes e ainda ensina o que sabe, do alto de sua simplicidade.

Segundo Alselmo, cada vaca produz 25 kg de dejetos por dia, que por sua vez geram 18 kg de fertilizante orgânico.

O fertilizante é vendido a a 330 Pesos/kg, enquanto o preço do leite estaria em 155 Pesos. Isso pode não ser expressivo para grandes granjas leiteiras, já para pequenas o incremento de renda pode ser significativo.

Confira no vídeo a seguir a bela experiência da Finca Integral La Esperanza.


quinta-feira, 1 de setembro de 2016

NO PASTO: 19 UA (Unidade Animal) POR HECTARE

Esta é a marca da propriedade denominada Fazenda Buriti, localizada em Monte Alegre de Minas, MG, no Triângulo Mineiro.

Pastagem irrigada em 6,6 hectares, sendo 2,8 com 19 UA/ha e 3,8 com 16 UA/ha. Ponderando chegamos à média de  17,27 UA/ha (1 UA = Animal com 450 kg de peso vivo).

Aos 3 minutos e 55 segundos do video abaixo este detalhe pode ser conferido. 

A propriedade adotou o Programa Balde Cheio em 2007.

No início do vídeo, aos 90 segundos, o depoimento do jovem produtor de leite dá conta dosalto de 7 kg para 19 kg por vaca/dia.

O vídeo fala por sí. Confira abaixo. Deixe a novela e o jornal televisivo (inúteis) de lado e aprenda com exemplos reais como a atividade leiteira é viável.

Diniz
do Conaleite


quarta-feira, 31 de agosto de 2016

COMO AS VACAS PASTAM? CONHEÇA E PRODUZA PASTAGENS EXEMPLARES - E LUCROS

Conhecer o instinto animal e as particularidades de seu comportamento pode ajudar muito no sucesso na exploração leiteira.

Técnicas simples de manejo das pastagens, não obrigatoriamente dispendiosas, são muito valiosas para tornar econômica e rentável a atividade leiteira. Manter a pastagem em estágios favoráveis ao melhor aproveitamento de seu potencial para o gado é um daqueles fatores "porteira a dentro", sob total controle do produtor, independente de forças externas, como o jogo do mercado para formar o preço do leite (ou da carne) e as políticas governamentais equivocadas.

Baixar custos de produção não significa apenas comprar insumos mais baratos. A chave do sucesso pode estar em soluções simples, como um bom repasse depois que o gado deixa uma parcela, visando manter a altura do pasto no ponto ideal e o mais uniforme possível.

Conheça a importância deste detalhe assistindo ao vídeo abaixo: Palestra Nutrição de Ruminantes - I Semana do Desenvolvimento Rural - AGROBIO



PARTE II - PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAPIM BRS KURUMI - (EM VÍDEO)

O canal TERRA SUL no Yutube traz interessante vídeo mostrando um método muito simples e eficaz de para produção de mudas do capim Elefante BRS KURUMI, com instruções detalhadas oferecidas por uma pesquisadora da EMBRAPA.



Mãos à obra - A natureza oferece, a pesquisa melhora. Só não aproveita quem permanece no mesmo lugar. Faça diferente para obter resultado diferente.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

PARTE I - CAPIM ELEFANTE BRS KURUMI - COM 20% DE PROTEÍNA

A luta diária do produtor de leite merece recompensa. Ela está ao alcance de todos, basta um pouquinho de esforço e persistência e você pode conquistá-la. A nossa gloriosa EMBRAPA desenvolveu em 2012 a variedade de Capim Elefante BRS KURUMI, apropriada para o pastejo rotacionado.

  
Foto: Macedo, Elcione                                  Foto: Gomide, Carlos Augusto de Miranda 

Segundo os resultados comprovados, com a chancela de uma das maiores e melhores instituições de pesquisa agropecuária do mundo, o teor de proteína varia entre 18 e 20%. Além disso ainda conta com elevada proporção na produção de folhas em relação aos colmos (talos) e perfilha vigorosamente. 

O crescimento vigoroso permite um incremento de matéria seca variando entre 120 e 170 kg de matéria seca/hectare a cada dia.

Basta fazer algumas continhas e ver quantas vacas podem pastar numa daquelas parcelas descritas no post de ontem, sem necessitar de ceifaderias ou outros implementos.

Fonte: EMBRAPA GADO DE LEITE

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

TEXTO CONSOLIDADO - COMO MANTER 30 ANIMAIS POR HECTARE COM CAPIM ELEFANTE




Texto emprestado do livro: “Establecimiento y Manejo de Pastos y Forrajes”  Autores: Francisco Villamizar, A. y Fernando Villamizar R.


A agricultura intensiva, utilizando pasto de corte (capineira), fertilização, irrigação e outras práticas de gestão adequadas, oferece perspectivas tentadoras. É um equívoco pensar que o gado e cultivo de pastagens e forragens devem ser relegados para o pior terra. Pasto por causa de seu ciclo de crescimento prolongado, respondem particularmente a fertilização e irrigação e, nos trópicos, com a ajuda de água, pode manter estoques de forragens frescas e apetitosas ao longo de todo o ano. Nestas circunstâncias, os benefícios que produzem a indústria de laticínios ou engorda, pode ser comparável, em alta performance, com as culturas mais lucrativas, e às vezes maior. Deste modo o cultivo de pasto pode ter lugar nas melhores terras, irrigáveis, mecanizáveis e férteis.

Na seguinte contribuição técnica, descreve-se o procedimento para remover sistemas rudimentares e tradicionais, que fazem nossas terras agrícolas serem indevidamente exploradas, e fazer um uso mais eficiente da terra e da pastagem, para elevar a mais mais trinta o número de animais por hectare e obter rendimentos máximos por unidade de área, tempo, capital e trabalho em nossas fazendas.

O capim-elefante é um grande produtor de forragem e verificou-se que um metro quadrado de capim-elefante produz mais de seis (6) quilogramas (kg) de forragem verde por corte, a cada 36 dias, em solos férteis, clima e umidade adequada, isto é, sob adubação, clima e irrigação adequada, ele pode produzir mais de 60 toneladas de forragem verde por hectare, em intervalos de 5-6 semanas ao longo do ano. Dada essa produção de forragem, período de recuperação de pastagens e o consumo diário de um animal, que é estimado em 40 kg de forragens verdes, em média, pode causar o seguinte cenário:

Um hectare (10.000 m2), dividido em 36 quadrados iguais, produz 36 parcelas de 277 m2 cada um (veja a Figura 01) (10000/36 = 277,7).

Cada lote de 277 m2 deve produzir 1.660 kg de forragem verde, se um metro quadrado produz 6 kg, então: 277,7 x 6 = 1,660 kg. Se um animal come 40 kg de forragem verde diariamente 1.660 kg devem manter 41 animais (1660/40 = 41).

Um animal come 10 kg por dia por 100 kg de peso corporal. Assim, um animal de 300 kg com 30 kg de forragem por dia. Um animal 400 de kg come 40 kg de forragem verde por dia. Um animal de 500 kg come 50 kg de forragem por dia.

De tal forma que quando você começar a engorda de animais que podem comer, em média, cerca de 30 kg por dia, desde o seu peso seja cerca de 300 kg. Portanto um terreno de 277m2 de capim elefante, que produz 1.660 kg de forragem, pode sustentar cerca de 55 animais, sem nenhuma perda (1660/30 = 55).

Em metade do período de engorda (400 kg), eles podem comer uma média de 40 kg de forragem por dia. Portanto, um lote de 277 m2 pode conter 41 animais (1660/40 = 41).

No final da engorda de animais (500 kg) eles podem comer uma média de 50 kg de foragem por dia. Portanto, um lote de 277 m2 pode prender 33 animais (1660/50 = 33).

Se, para fins práticos, acreditamos que o consumo médio diário é de 40 kg, podemos dizer que um terreno de 277 m2 de capim elefante produz 1660 kg de forragem a cada 36 dias, isso nos dá o suficiente para manter 41 animais.

Dispondo de 36 parcelas deste tipo, previamente cortadas com diferença de um dia, seremos capazes de manter continuamente 41 animais, porque cada vez que uma porcão de terreno for colhida, haverá outra que tenha descansado 36 dias que poderá ser colhida novamente.

   Figura 01 - Divisão esquemática de um hectare em 36 partes iguais


É importante que, uma vez estabelecida a capineira com o capim-elefante, seja promovido o corte de parcela sistematicamente a cada dia, antes de iniciar o teste.

Quando a última parcela é cortada, seu sistema terá alcançado a proposta de escalonamento. O primeiro lote vai chegar aos trinta e seis dias desde o primeiro corte, e renderá a forragem diária produzida por numa área de 277 m2. A forragem então poderá ser servida aos animais em confinamento, em um estábulo ou conforme se organizar a exploração na propriedade.

tabela 01 a seguir mostra a capacidade teórica de suporte, por hectare de capineira com o capim elefante, com base no consumo diário 40 kg de forragem picada por animal, em período de recuperação de 36 dias, sob diferentes rendimentos de forragem e considerando parcelas de 277 m2, com produção escalonada.


Tabela 01 - capacidade de suporte - intervalo de corte de 36 dias - 40 kg/animal dia


Embora tenha sido provado que o período de recuperação de 36 dias de capim-elefante (sob fertilização, irrigação permanente e boas práticas de gestão) seja plausível, é possível que sob variação das condições de solo e clima, este período seja prolongado para 42 dias (6 semanas)

Neste caso cada hectare deve ser dividido em 42 parcelas iguais, equivalentes a 238 m2

O procedimento seria semelhante ao descrito para parcelas de 277 m2. 

A capacidade teórica seria entra de 35 animais por hectare, se a produção for mantida em 6 kg de forragem verde por metro quadrado e consumo de 40 kg por animal. 

É muito importante que o agricultor adote critério adequados para diminuir ou aumentar o número de animais se a forragem produzida diariamente menor ou menor que ou maior do que o esperado, isto é, se houver  ou não, forragens de reposição para manter o número de animais do cenário inicial.

tabela 2 traz a capacidade teórica de suporte, por hectare, de capim-elefante, mostrada na base do consumo diário de 40 kg de forragem verde por animal e um período de recuperação de 42 dias, sob diferentes rendimentos de forragem e considerando parcelas de 238 m2, com produções escalonadas.


Tabela 02  - capacidade de suporte - intervalo de corte 42 dias - 40 kg/animal dia.


Para informações adicionais e absolutamente gratuitas, poste um comentário, sugestões ou qualquer pergunta no campo ao lado e terei o maior prazer em te ajudar.

domingo, 28 de agosto de 2016

PARTE II - COMO MANTER 30 ANIMAIS POR HECTARE COM CAPIM ELEFANTE


Continuação do post anterior ....


Texto emprestado do livro: “Establecimiento y Manejo de Pastos y Forrajes”  Autores: Francisco Villamizar, A. y Fernando Villamizar R. (Exceto e foto aí a acima, que é de minha autoria).

É importante que, uma vez estabelecida a capineira com o capim-elefante, seja promovido o corte de parcela sistematicamente a cada dia, antes de iniciar o teste.

Quando a última parcela é cortada, seu sistema terá alcançado a proposta de escalonamento. O primeiro lote vai chegar aos trinta e seis dias desde o primeiro corte, e renderá a forragem diária produzida por numa área de 277 m2. A forragem então poderá ser servida aos animais em confinamento, em um estábulo ou conforme se organizar a exploração na propriedade.

A tabela 01 a seguir mostra a capacidade teórica de suporte, por hectare de capineira com o capim elefante, com base no consumo diário 40 kg de forragem picada por animal, em período de recuperação de 36 dias, sob diferentes rendimentos de forragem e considerando parcelas de 277 m2, com produção escalonada.


Tabela 01 - capacidade de suporte - intervalo de corte de 36 dias - 40 kg/animal dia



Embora tenha sido provado que o período de recuperação de 36 dias de capim-elefante (sob fertilização, irrigação permanente e boas práticas de gestão) seja plausível, é possível que sob variação das condições de solo e clima, este período seja prolongado para 42 dias (6 semanas)

Neste caso cada hectare deve ser dividido em 42 parcelas iguais, equivalentes a 238 m2

O procedimento seria semelhante ao descrito para parcelas de 277 m2. 

A capacidade teórica seria entra de 35 animais por hectare, se a produção for mantida em 6 kg de forragem verde por metro quadrado e consumo de 40 kg por animal. 

É muito importante que o agricultor adote critério adequados para diminuir ou aumentar o número de animais se a forragem produzida diariamente menor ou menor que ou maior do que o esperado, isto é, se houver  ou não, forragens de reposição para manter o número de animais do cenário inicial.

A tabela 2 traz a capacidade teórica de suporte, por hectare, de capim-elefante, mostrada na base do consumo diário de 40 kg de forragem verde por animal e um período de recuperação de 42 dias, sob diferentes rendimentos de forragem e considerando parcelas de 238 m2, com produções escalonadas.


Tabela 02  - capacidade de suporte - intervalo de corte 42 dias - 40 kg/animal dia.


Para informações adicionais e absolutamente gratuitas, poste um comentário, sugestões ou qualquer pergunta no campo ao lado e terei o maior prazer em te ajudar.


sexta-feira, 26 de agosto de 2016

COMO MANTER 30 ANIMAIS POR HECTARE COM CAPIM ELEFANTE

Texto emprestado do livro: “Establecimiento y Manejo de Pastos y Forrajes”  Autores: Francisco Villamizar, A. y Fernando Villamizar R.


A agricultura intensiva, utilizando pasto de corte (capineira), fertilização, irrigação e outras práticas de gestão adequadas, oferece perspectivas tentadoras. É um equívoco pensar que o gado e cultivo de pastagens e forragens devem ser relegados para o pior terra. Pasto por causa de seu ciclo de crescimento prolongado, respondem particularmente a fertilização e irrigação e, nos trópicos, com a ajuda de água, pode manter estoques de forragens frescas e apetitosas ao longo de todo o ano. Nestas circunstâncias, os benefícios que produzem a indústria de laticínios ou engorda, pode ser comparável, em alta performance, com as culturas mais lucrativas, e às vezes maior. Deste modo o cultivo de pasto pode ter lugar nas melhores terras, irrigáveis, mecanizáveis e férteis.

Na seguinte contribuição técnica, descreve-se o procedimento para remover sistemas rudimentares e tradicionais, que fazem nossas terras agrícolas serem indevidamente exploradas, e fazer um uso mais eficiente da terra e da pastagem, para elevar a mais mais trinta o número de animais por hectare e obter rendimentos máximos por unidade de área, tempo, capital e trabalho em nossas fazendas.

O capim-elefante é um grande produtor de forragem e verificou-se que um metro quadrado de capim-elefante produz mais de seis (6) quilogramas (kg) de forragem verde por corte, a cada 36 dias, em solos férteis, clima e umidade adequada, isto é, sob adubação, clima e irrigação adequada, ele pode produzir mais de 60 toneladas de forragem verde por hectare, em intervalos de 5-6 semanas ao longo do ano. Dada essa produção de forragem, período de recuperação de pastagens e o consumo diário de um animal, que é estimado em 40 kg de forragens verdes, em média, pode causar o seguinte cenário:

Um hectare (10.000 m2), dividido em 36 quadrados iguais, produz 36 parcelas de 277 m2 cada um (veja a Figura 01) (10000/36 = 277,7).

Cada lote de 277 m2 deve produzir 1.660 kg de forragem verde, se um metro quadrado produz 6 kg, então: 277,7 x 6 = 1,660 kg. Se um animal come 40 kg de forragem verde diariamente 1.660 kg devem manter 41 animais (1660/40 = 41).

Um animal come 10 kg por dia por 100 kg de peso corporal. Assim, um animal de 300 kg com 30 kg de forragem por dia. Um animal 400 de kg come 40 kg de forragem verde por dia. Um animal de 500 kg come 50 kg de forragem por dia.

De tal forma que quando você começar a engorda de animais que podem comer, em média, cerca de 30 kg por dia, desde o seu peso seja cerca de 300 kg. Portanto um terreno de 277m2 de capim elefante, que produz 1.660 kg de forragem, pode sustentar cerca de 55 animais, sem nenhuma perda (1660/30 = 55).

Em metade do período de engorda (400 kg), eles podem comer uma média de 40 kg de forragem por dia. Portanto, um lote de 277 m2 pode conter 41 animais (1660/40 = 41).

No final da engorda de animais (500 kg) eles podem comer uma média de 50 kg de foragem por dia. Portanto, um lote de 277 m2 pode prender 33 animais (1660/50 = 33).

Se, para fins práticos, acreditamos que o consumo médio diário é de 40 kg, podemos dizer que um terreno de 277 m2 de capim elefante produz 1660 kg de forragem a cada 36 dias, isso nos dá o suficiente para manter 41 animais.

Dispondo de 36 parcelas deste tipo, previamente cortadas com diferença de um dia, seremos capazes de manter continuamente 41 animais, porque cada vez que uma porcão de terreno for colhida, haverá outra que tenha descansado 36 dias que poderá ser colhida novamente.

   
     Figura 1 Divisão esquemática de um hectare em 36 partes iguais


No próximo post trarei rei com a segunda parte do texto, com mais informações relevantes. Se você tem interesse neste tema deixe um comentário no blog.